Oração e Repetição
Elias era um homem de oração. Ele orou para que não chovesse, e não choveu. Então ele orou novamente, e os céus deram chuva. O relato histórico nas Escrituras mostra que essa segunda oração não foi uma única declaração, mas uma petição persistente, repetida sete vezes enquanto ele continuava verificando o céu. Ele já havia declarado que a seca terminaria. Ele havia anunciado que a chuva viria. Mesmo assim, ele ainda orou. A resposta não veio apenas porque ele estava falando por Deus. Ela veio por meio de oração intencional e repetida.
Isso importa porque algumas pessoas dizem que, se você realmente crê, só precisa orar uma vez, e que, se continuar pedindo, isso prova que você não tem fé. Outras cometem o erro oposto, repetindo seus pedidos sem qualquer crença real de que algo acontecerá. A verdade não está no número de repetições, mas na fonte e no conteúdo do pedido. Repetir uma oração pode ser uma expressão de fé, ou pode ser uma confissão de incredulidade. A diferença se revela no que a pessoa diz e no que ela pensa que está fazendo.
Quando muitas pessoas oram pela cura, elas incluem frases que envenenam exatamente aquilo que pedem. Elas dizem: “Se for da tua vontade, então cura”. Isso soa piedoso, mas é incredulidade tentando se passar por reverência. Deus revelou a sua vontade por meio de Cristo. Dizer “se for da tua vontade” é questionar a demonstração mais clara da sua natureza. É negar a cruz. Outros oram: “Deus, guia as mãos do médico”. Suponho que isso seja melhor do que pedir ao médico para guiar as mãos de Deus, e se você estiver determinado a buscar ajuda do médico, você deve pelo menos orar para que Deus esteja envolvido. Mas Deus é o verdadeiro curador. Alguns oram: “Dá a esta pessoa resistência através da dor”. Assume-se que Deus não curaria a pessoa. Eles não acreditam na cura, então oferecem uma espiritualidade alternativa que transforma a dor em um sacramento. Eles não têm fé em seus corações, e suas palavras traem sua doutrina falsa.
Então eles dizem: “A oração é sobre submeter-se à vontade de Deus.” Isso não está errado, mas a vontade de Deus é cura e vitória. A submissão não significa aceitação passiva das circunstâncias. Significa insistir no que Deus declarou. Quando Jesus curava, ele estava se submetendo ao Pai. Quando os apóstolos curavam, eles estavam seguindo os mandamentos de Cristo. Eles não estavam resistindo a Deus quando repreendiam a doença. Eles estavam honrando a Deus. Eles estavam obedecendo à sua vontade, não a disputando.
A pessoa que ora repetidamente em incredulidade está pedindo nada e esperando nada. Ele pode dizer as mesmas palavras todos os dias, mas seu coração permanece em dúvida. O homem que ora com fé, por outro lado, pode também retornar a Deus repetidamente, não porque duvida da promessa, mas porque insiste até que a experiência corresponda ao anúncio. Como Elias, ele ora novamente porque acredita que Deus o ouve, porque acredita que o milagre acontecerá. Há uma maneira de repetir um pedido que vem da verdadeira fé. Aquele que crê continua pedindo, não para persuadir Deus, mas para insistir no que deseja. Ele pode pedir repetidamente, mas nunca pede com incerteza.
Elias continuou orando até que o que ele havia declarado se tornasse realidade. Isso não foi uma falta de fé, mas o próprio desdobramento da fé. Significava que ele não desistiu. Se ele acreditava que a chuva viria, então tinha toda razão para verificar o céu após cada oração. Ele sabia que a seca terminaria. É assim que a oração se comporta quando está enraizada na palavra de Deus. Ela busca resultados. A Bíblia diz que Elias estava orando para acabar com mais de três anos de seca. Isso era uma crise nacional. Ele estava orando por um milagre que afetaria toda uma geração. Essa é outra indicação de que sua repetição não foi feita em incredulidade ou fraqueza. Sua repetição não refletia dúvida, mas uma ambição sobrenatural.
Hoje devemos orar da mesma maneira. Ore, e continue orando, mas peça algo que abalaria o mundo. Peça a Deus que remova o câncer. Peça a Deus que faça a perna amputada crescer de volta. Peça-lhe que dê a uma pessoa um novo coração, um novo cérebro, novos pulmões, nova vida. Peça-lhe que reverta o envelhecimento em alguém que você ama. E se você verdadeiramente acreditar que isso acontecerá, então até mesmo as orações repetidas vêm da fé. Mas se a fé irromper em você, você também pode ordenar que a coisa seja feita em um instante. Cada resposta à oração pode não acontecer da mesma forma, mas a fé é a constante.
O problema não é se você repete o seu pedido, mas se você crê nele. A fé pode dizê-lo uma vez ou mil vezes. As palavras podem mudar ou permanecer as mesmas. Mas, quando o coração está convencido, a boca o seguirá. E o corpo, o mundo, a coisa que está sendo abordada, eventualmente responderão. A oração que vem da fé não é vazia. Ela está carregada de verdade. Ela extrai da eternidade e aplica poder ao presente. Peça, e fale com sinceridade. Diga novamente, e fale com sinceridade. E quando a fé enche a boca com comando em vez de pedido, isso também é o caminho de Cristo, e o que você diz acontecerá.
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