Dúvida: A Raiz do Pecado
Muitos hoje incentivam os cristãos a abraçar a dúvida como se ela fosse parte de uma fé saudável. Alguns afirmam que fazer perguntas é um sinal de honestidade e crescimento, e que a dúvida pode até fortalecer a crença. Outros vão mais longe, assegurando às pessoas que Deus nunca se ofende com suas lutas, e que lidar com a incerteza é em si uma disciplina espiritual. Esses sentimentos são frequentemente apresentados como sensibilidade pastoral ou humildade intelectual, mas o efeito é retratar a suspeita em relação à palavra de Deus como normal, e até necessária, para a maturidade. A Bíblia nunca concede tal aprovação.
A dúvida é a essência do pecado. Ela não é uma postura neutra de curiosidade, mas a voz da incredulidade dirigida contra a verdade de Deus. Ela começou no jardim quando a serpente perguntou à mulher se Deus havia realmente falado. Aquela única pergunta continha o veneno que envenenou o mundo. Assassinato, adultério, roubo e todo outro crime cresceram daquela semente. Uma vez que a palavra de Deus é questionada, nada permanece seguro. Os mandamentos caem porque a autoridade que os deu é negada. É por isso que a dúvida, em princípio, é pior do que qualquer pecado particular contra a lei. Ela ataca não apenas a obediência, mas o próprio fundamento da verdade divina. Perguntar se Deus falou com veracidade é acusá-lo de engano. É uma tentativa de colocar a sua palavra sob julgamento, como se o homem fosse o padrão e Deus o suspeito.
A Bíblia nunca incentiva isso. Os israelitas duvidaram de Deus no deserto, e sua dúvida foi a razão pela qual morreram fora da terra prometida. Tiago escreveu que o que duvida é instável em todos os seus caminhos e não deve esperar nada do Senhor. Jesus repreendeu seus discípulos repetidas vezes por causa da incredulidade. Ele nunca descreveu a dúvida como algo saudável. Ele nunca sugeriu que a suspeita em relação à palavra de Deus pudesse fortalecer a fé. Ele elogiou aqueles que creram, e condenou aqueles que exigiram um sinal por causa da incredulidade. A fé repousa na palavra de Deus, e a dúvida a rejeita. As duas não podem ser reconciliadas.
Reassegurar as pessoas de que a dúvida é segura é ecoar a voz da serpente. É repetir a mentira original em tons mais suaves. Em vez de perguntar se Deus falou, esses mestres dizem que é nobre levantar questões, mesmo quando essas questões implicam que Deus pode ter mentido. Essa postura de dúvida é tratada como honestidade intelectual, mas é o engano mais antigo da história. É a recusa em confiar no Deus que fala. É incredulidade e rebelião vestidas na linguagem da indagação.
Isso não significa que os cristãos devam temer perguntas. A verdade é inabalável, e a Escritura contém a sabedoria de Deus sobre todos os assuntos. Se alguém levanta uma objeção, não temos medo de responder. Se um cético zomba da Bíblia, não temos medo de expor sua tolice. A força da palavra de Deus está além de qualquer disputa, e nenhum argumento pode derrubá-la. A distinção que deve ser preservada é entre responder perguntas e desculpar a dúvida. Confrontar uma pergunta com a convicção de que Deus falou é um ato de fé. Tratar a dúvida em si como aceitável é abrir espaço para a serpente no jardim.
As apostas são eternas. A dúvida, quando levada até sua conclusão, conduz ao inferno. As pessoas imaginam que apenas assassinos e adúlteros são condenados, mas aqueles que rejeitam a verdade da palavra de Deus são condenados da mesma forma. Persistir na dúvida é viver na incredulidade, e a incredulidade é o pecado que separa de Cristo. Quando pregadores ou professores incentivam a dúvida, eles incentivam a própria postura que condena a alma. Eles oferecem veneno com um sorriso e o chamam de alimento.
A fé não começa questionando Deus, mas recebendo sua palavra. Ela não trata suas promessas como incertas, mas as confessa como verdadeiras. Aquele que crê permanecerá de pé, e aquele que duvida cairá. Este é o ensino claro e consistente das Escrituras. Exaltar a dúvida como se fosse um caminho para uma fé mais profunda é trair a verdade. Encorajar a suspeita em relação à palavra de Deus é falar com a voz de Satanás. A fé honra a Deus ao confiar nele absolutamente. Qualquer coisa menos que isso é pecado.
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