'Qualificação em Deus'
“Pois considerai o vosso chamado, irmãos: não eram muitos os sábios segundo os padrões mundanos, não eram muitos os poderosos, não eram muitos os de nobre nascimento.” (1 Coríntios 1:26)
A Escritura não nos adula. Quando Deus nos chamou, o mundo não nos admirou. Fomos descartados como ignorantes, fracos e sem importância. O chamado de Deus nos encontrou quando não tínhamos posição no mundo. No entanto, ele nos convocou e nos fez seus. Ele não consultou o mundo quando nos escolheu. Ele agiu de seu próprio propósito e poder.
Paulo disse aos seus leitores para considerarem o seu chamado. Eles não começaram com grandeza humana. Era um lembrete do que Deus valorizava. Ele não precisava da sabedoria humana ou da força deles. Ele desconsiderou todas as qualificações e estabeleceu as suas próprias. O chamado de Deus criou o que exigia. Ele falou o mundo à existência. Ele gera fé nos corações dos homens. O chamado dele é um ato criativo, não um convite para provarmos a nós mesmos. É um ato de poder que nos traz à vida.
Mesmo assim, sempre houve aqueles que tiveram educação ou influência. O próprio Paulo foi treinado na lei. Moisés foi criado na casa de Faraó. Alguns de nós começaram com mais recursos do que outros. Isso não é uma ameaça ao propósito de Deus. Ele criou essas condições e as usa como achar conveniente. No entanto, mesmo os eruditos e poderosos devem vir pelo mesmo caminho. Todos devem se tornar tolos do ponto de vista dos incrédulos para se tornarem sábios perante Deus. Todos devem perder sua reivindicação à glória pessoal. Os fortes devem se curvar, e os sábios devem esquecer seu próprio brilho. Ninguém está isento desse padrão. O chamado de Deus nos despoja do nosso orgulho e nos veste com Cristo.
Existem momentos em que os cristãos se questionam. Eles sabem o que Deus disse, mas hesitam. Eles examinam a tarefa, depois examinam a si mesmos, e não encontram correspondência. Eles falam, e sua voz soa pequena. Eles agem, e suas mãos parecem fracas. Essa resposta aparece com mais frequência naqueles que não renovaram suas mentes pela palavra de Deus. Eles pensam que acreditam na verdade, mas estão preocupados com seus próprios limites. Eles veem o que lhes falta. Eles se lembram de como os outros os veem.
Mas nada disso muda Deus. Ele não nos escolheu porque tínhamos algo. Ele não nos enviou porque provamos a nós mesmos. Ele nos chamou, e permanece conosco. O que ele começa, ele termina. Ele não precisa de credenciais humanas. Ele não busca força entre os homens para garantir seu plano. Ele supre o que requer. Ele é sabedoria e poder. Ele é todo-suficiente em si mesmo, e compartilha essa suficiência conosco. Sua palavra em nossa boca é a mesma palavra que criou o mundo. Seu Espírito em nosso corpo é o mesmo Espírito que ressuscitou Cristo dos mortos. Ele não observa nossa fraqueza e ajusta seu propósito. Ele opera por meio de nós precisamente para exibir sua própria força.
Isso explica sua preferência pelos humildes. Ele contornou os governantes e honrou as crianças. O evangelho avançou por meio de pescadores, fazedores de tendas e ex-escravos. Deus selecionou as pessoas e coisas que o mundo descartou como sem valor. Ele ergueu os quebrados para envergonhar os orgulhosos. Ele ergueu o Cristo crucificado para desmantelar a sabedoria da era. A cruz foi mais do que uma estratégia. Ela serviu como um julgamento, expondo o vazio de todo sistema que alegava entender o poder. Quando Deus ressuscitou Jesus dos mortos, ele não meramente vindicou um homem. Ele derrubou toda a estrutura do mundo e estabeleceu a sua própria.
Então os fiéis não recuam quando se sentem desqualificados. Eles concordam com Deus. Eles confessam a sua verdade e andam no seu poder. Sua qualificação não surge de sua própria habilidade. Ela repousa naquele que vive dentro deles. Ele não tira de mentes humanas ou confia na força humana. Ele fala sabedoria e imparte poder. Ele seleciona o que o mundo rejeita. Ele traz à existência o que não existia. Ele dá a sua própria justiça, o seu próprio Espírito, e o seu próprio nome.
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