A Isca e a Troca de Satanás
“Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e para sempre.” (Hebreus 13:8)
O cessacionismo é uma fraude de isca e troca. Ele atrai com a promessa do Cristo bíblico, mas entrega uma figura completamente diferente, despojada das próprias características que o identificavam em primeiro lugar. Na Escritura, Jesus ensinava com autoridade, curava os enfermos, ressuscitava os mortos e comandava a natureza e os demônios. Ele anunciou que seus discípulos continuariam suas obras e realizariam obras ainda maiores por meio do Espírito. No entanto, quando uma pessoa é introduzida na igreja cessacionista, o Cristo que ela encontra mal se assemelha ao revelado nos Evangelhos. O poder se foi, a promessa é retirada e o Espírito é silenciado. O Jesus oferecido aqui é um Cristo castrado, outro Jesus, outro deus e outro evangelho.
A alegação central do cessacionismo é que os milagres e dons cessaram com os apóstolos. O efeito é apresentar um Cristo que outrora curava, mas não cura mais, que outrora capacitava, mas não capacita mais. Tal Cristo é irreconhecível em comparação ao pregado pelos apóstolos, que insistiam que o Reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder. Um Cristo que agora existe apenas como palavras em uma página não é o Cristo bíblico, mas um ídolo fabricado pela incredulidade. A substituição é óbvia. O nome permanece o mesmo, mas na verdade é uma troca de identidades.
O Espírito Santo recebe o mesmo tratamento. No registro bíblico, ele desce com poder, enche a igreja com dons, produz profecia, línguas, cura e ousadia sobre-humana. Ele é o agente imediato da atividade de Deus no mundo. Sob o cessacionismo, no entanto, ele foi reduzido a pouco mais que uma presença quieta, uma ideia de fundo, uma abstração. Ele foi diminuído até ser mais fraco e mais quieto que um fantasma de desenho animado, uma caricatura que não mais se assemelha ao poder de Deus. Isso é mais que um erro, mas é blasfêmia contra a natureza do próprio Deus.
A dinâmica é a mesma de qualquer esquema de isca e troca. O público é mostrado um produto e então recebe algo completamente diferente. Aqui, os homens abrem a Bíblia e leem sobre um Deus vivo que intervém nos assuntos dos homens, que concede milagres em resposta à fé, que comanda tempestades e ressuscita os mortos. Mas, quando entram na igreja cessacionista, lhes é dito que tal Deus não existe mais. As mesmas Escrituras que exibem um Cristo de poder são reinterpretadas para anunciar um Cristo que é impotente, reduzido a mero símbolo. O evangelho foi falsificado, e Satanás conseguiu transformar a palavra de Deus em um endosso de sua própria falsificação.
As consequências são graves. A fé para cura, prosperidade, profecia e milagres é extinta. Os crentes ficam com uma religião de falsa doutrina e tradição humana, onde a obediência é exigida, mas as promessas são retidas. O púlpito cessacionista prega sobre um Cristo que exige muito e entrega pouco, um Deus que se retira e diminui, e um Espírito que nem fala nem age. As pessoas que aceitam essa troca vivem por um evangelho vazio, isoladas do poder que Deus uniu à sua palavra. Todo o esquema é uma fraude que encobre a incredulidade com o manto da reverência.
A verdade permanece o que as Escrituras declararam desde o início. O evangelho é palavra e poder juntos. Cristo permanece o mesmo, e o Espírito continua sua obra como sempre fez. Abraçar o cessacionismo é contentar-se com a falsificação de Satanás. É uma religião, mas uma religião não cristã. Mas acreditar na palavra de Deus é encontrar o Cristo vivo em sua plenitude. O evangelho verdadeiro entrega o Jesus que cura, capacita e reina, e expõe o falso Cristo da tradição sem poder pelo que ele é: isca e troca, projetado para roubar a igreja da fé.
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