A Cruz da Cura

Jesus disse aos seus discípulos para tomarem a cruz e o seguirem. Esse mandamento é central para o discipulado cristão, mas o seu significado foi corrompido por gerações de tradição religiosa. Muitos supuseram que tomar a cruz significa aceitar dificuldades diárias, doença, pobreza e suportar dor como se fosse o sofrimento de Cristo. Mas a palavra de Deus nunca fala dessa maneira. A cruz não é doença. A cruz é discipulado. A cruz é o custo da obediência a Cristo.

Quando Jesus curava os doentes, expulsava demônios e perdoava pecados, o mundo não o aplaudiu. Os governantes o caluniaram. Eles o acusaram de blasfêmia, de engano, de loucura. Chamaram-no de ameaça à religião e à sociedade. Isso é o sofrimento da cruz. Ele não sofreu porque carregava doença em seu próprio corpo, mas porque trouxe cura aos outros. Sua obediência ao Pai trouxe vida, e por essa razão o mundo o odiou. A cruz foi o preço de seu ministério de cura.

Da mesma forma, os apóstolos nunca se gloriaram na doença como se fosse o seu distintivo de discipulado. Eles carregaram o estigma de Cristo quando curaram os coxos, ressuscitaram os mortos e expulsaram demônios. Eles foram aprisionados, espancados e mortos porque continuaram o ministério de Jesus. Eles sofreram não por estarem doentes, mas por proclamarem e demonstrarem a cura em nome de Jesus. A cruz deles era o opróbrio de se alinharem com o Cristo ressuscitado, cujo poder ofendia os incrédulos.

A distorção que agora enche as igrejas é a inversão dessa verdade. Os cristãos de hoje sofrem por estarem doentes ou pobres, e chamam isso de cruz. Eles confundem derrota e escravidão com obediência. Mas a doença é o jugo de Satanás. É submissão ao opressor. Estar doente é sofrer pelo diabo, exibir o seu domínio perante o mundo e a igreja. Permanecer nesse estado e chamá-lo de discipulado é glorificar Satanás. É erguer a sua opressão como se fosse a vontade de Deus. Isso não é a cruz de Cristo, mas a cruz falsificada da incredulidade.

O mundo nunca o condenará por carregar esta cruz falsificada. Pelo contrário, ele o celebrará. Todo tipo de pessoa se juntará ao seu sofrimento, porque a doença é um terreno comum para eles. O ateu, o muçulmano, o budista e o cristão sem fé, se é que existe tal coisa, simpatizarão com você. Eles admirarão sua paciência, o consolarão com palavras vazias e exaltarão sua fraqueza como se fosse força. Eles o cercarão de elogios e solidariedade, porque em sua doença você se alinha com eles contra Jesus Cristo.

A verdadeira cruz, no entanto, é diferente. Tomar a cruz de Cristo é insistir no ministério de cura, continuar o que Jesus começou e expor a incredulidade do mundo e da igreja. Quando você faz isso, não será aplaudido, mas condenado. Você será chamado de herege, fanático, enganador. Você será acusado de misticismo, de superstição, de ser anticientífico, de faltar sofisticação teológica. Dirão que você é movido por ganância ou por desejo de conforto. Esta é o opróbrio da cruz.

Aqueles que rejeitam o ministério de cura recusam-se a tomar a cruz. Eles buscam a aprovação dos homens. Eles evitam a vergonha de serem zombados pela doutrina de Cristo. Eles preferem a cruz falsificada da doença, porque ela não carrega estigma algum. O verdadeiro estigma pertence àqueles que seguem a Cristo em poder. É a desgraça de crer no que o mundo zomba e a igreja falsa condena. Estar unido a Jesus Cristo em sua cura é abraçar a cruz.

Todo discípulo deve calcular esse custo. Se você decidir seguir a Cristo, deve determinar de antemão que nunca recuará desse ministério. Você deve resolver se posicionar contra o culto da incredulidade que enche as igrejas. Essas seitas anti-cura se exibem como defensoras da fé, mas são inimigas de Cristo. Elas denunciam suas promessas e se opõem ao seu poder. Elas preferem honrar o jugo do diabo do que a libertação de Deus. Elas devem ser expostas e condenadas. Aqueles que persistirem em sua rebelião perecerão no inferno.

Tomar a cruz significa enfrentar a hostilidade deles. Você deve aceitar que eles o caluniarão. Eles o chamarão de todos os nomes que puderem inventar. Eles zombarão da sua doutrina e desprezarão a sua fé. Eles se refugiarão nos aplausos do mundo, enquanto você carrega o opróbrio de Cristo. Esta é a cruz que você deve carregar. Não é doença, mas a rejeição que você suporta por estar ao lado de Jesus em sua obra de cura.

Quando Jesus disse: “Tome a sua cruz”, ele chamou os homens a segui-lo no mesmo caminho de opróbrio. Ele nunca os chamou para permanecerem na doença. Ele nunca sugeriu que a doença fosse obediência. Ele curou todos os que vieram a ele, e comissionou seus seguidores a fazerem o mesmo. Sofrer por causa da doença é seguir o diabo, mas sofrer por causa da cura é seguir a Cristo. A cruz é o preço da lealdade ao ministério de Jesus.

A diferença não poderia ser mais clara. Jesus não sofreu por estar doente, mas por trazer cura. Os apóstolos não sofreram por estarem doentes, mas por declararem que Cristo torna os homens íntegros. Os cristãos de hoje sofrem por estarem doentes porque abandonaram o ministério de Cristo. Eles glorificam o jugo do diabo, e o mundo os honra por isso. Mas aqueles que verdadeiramente seguem a Cristo sofrerão pela cura, por pregarem o que ele pregou e fazerem o que ele fez. Esta é a cruz da cura, e esta é a marca do verdadeiro discipulado.

📖 Artigo original:

The Cross of Healing ↗