Para Aqueles Que Crêem
O evangelho pertence àqueles que creem. Ele se dirige aos homens como agentes racionais e os chama a concordar com a verdade de Deus. Ele anuncia que o perdão dos pecados e a vida eterna foram realizados em Cristo, e exige que os homens aceitem o que Deus falou. Desde o início, nunca foi destinado a ser uma atmosfera religiosa vaga ou um conjunto opcional de ideias que qualquer pessoa possa alterar ou ignorar sem consequências. Ele vem como uma palavra de comando e promessa, e seus benefícios se aplicam apenas onde é recebido em fé.
A fé é o canal pelo qual a bênção divina flui, e a incredulidade fecha o canal completamente. Não há meio-termo. Um homem ou crê no que Deus falou ou chama Deus de mentiroso. Se ele crê, recebe o perdão, a cura e o Espírito. Se ele recusa, permanece debaixo da ira, carrega sua própria culpa e sofre a ruína que segue a incredulidade. A palavra de Deus não está suspensa em um reino neutro aguardando o consentimento humano para determinar sua verdade. Ela já é verdadeira e eficaz, e opera para salvar aqueles que creem e para endurecer aqueles que recusam.
A fé em si não é um salto irracional. É concordância com o que Deus revelou. Aquele que crê não põe de lado a razão, mas a exerce da maneira mais elevada, afirmando a palavra de Deus como o princípio controlador do pensamento e da vida. A recusa em crer não demonstra sabedoria superior, mas expõe rebelião. Deus se revelou com clareza suficiente na criação e nas Escrituras. Ele falou por meio de profetas e apóstolos, e se fez conhecido em Jesus Cristo. Recusar a crença é suprimir o que é manifesto e preferir as trevas à luz.
Isso também governa nossa resposta aos críticos. Toda geração tem homens que zombam da palavra de Deus, que fazem carreira na resistência e que se congratulam por sua incredulidade. Suas críticas podem ser respondidas, e muitas vezes o fazemos. Mas nosso objetivo não é atender às suas demandas como se a verdade de Deus aguardasse a permissão deles. Respondemos por causa do testemunho, para expor suas contradições, para remover obstáculos daqueles que estão considerando a fé e para fortalecer a fé daqueles que já creem. O crítico não é aquele que devemos persuadir a todo custo. Ele endureceu a si mesmo. Nossa defesa da fé, portanto, não é uma tentativa frenética de conquistar rebeldes, mas um testemunho constante para proteger a igreja e encorajar aqueles a quem Deus está chamando.
Por causa disso, não precisamos nos preocupar com aqueles que rejeitam o evangelho. Ele nunca foi para eles em primeiro lugar. Ele não pertence ao homem que o rejeita, e ele não pode roubar o crente de suas bênçãos. O evangelho continuará a salvar aqueles que creem e a condenar aqueles que o recusam. Os críticos podem se enfurecer, mas sua recusa os deixa com nada. Eles não serão perdoados, não serão curados e perecerão por sua própria doutrina escolhida. Suas ideias os consumirão, pois o fruto da incredulidade é a destruição. Eles tropeçam na pedra de Cristo e se quebram contra ela, enquanto aqueles que creem a encontram como a pedra angular da vida eterna.
Isso é visto em todos os aspectos do evangelho. O perdão é anunciado àqueles que creem. Jesus declarou que aquele que vem a ele não será lançado fora, mas aquele que o rejeita permanece condenado. O crente recebe purificação e reconciliação. O incrédulo não tem parte nisso. Ele carrega sua culpa para o julgamento, e sua recusa é a própria evidência que sela sua condenação.
O mesmo princípio se aplica à cura. Jesus curou aqueles que vieram a ele com fé. Ele falou àqueles que creram em sua palavra, e eles receberam a recuperação do corpo e da mente. Mas ele não concedeu o mesmo àqueles que recusaram. Em sua própria cidade, ele não realizou muitos milagres por causa da incredulidade deles. Isso não foi fraqueza nele, mas o resultado de um princípio: a cura pertence àqueles que creem, e a incredulidade separa o homem de seu benefício. Aqueles que aceitam a palavra de Deus experimentam o seu poder, enquanto aqueles que argumentam contra ela permanecem doentes e sofrem as consequências de seu próprio ensino.
Isso é verdade em relação a outras promessas de Deus. A fé abre a porta; a incredulidade a fecha. O Espírito é dado àqueles que creem. O poder de Deus é experimentado por aqueles que o recebem. A alegria da salvação pertence àqueles que a abraçam. E aqueles que recusam são deixados com seus próprios pensamentos, seus próprios medos e sua própria morte.
Todo homem vive por doutrina, seja verdadeira ou falsa. O crítico que rejeita o evangelho não vive em um vácuo. Ele adere a algum sistema de pensamento, e isso governa sua vida. Esse sistema, porque é falso, produz corrupção, desespero e destruição. Ele gera doença no corpo e no espírito, pois nega a verdade de Deus. Por outro lado, o crente vive pelo ensino da fé, que produz poder, cura e alegria. Isso é inevitável, porque a doutrina se manifesta nas vidas daqueles que a sustentam. A doutrina falsa traz ruína; a doutrina verdadeira traz vida.
Não é por acaso que a igreja de Cristo floresce onde a fé é pregada e recebida. Onde a palavra de Deus é proclamada em verdade, os homens creem, os pecados são perdoados, os corpos são curados e as vidas são renovadas. Onde a incredulidade é pregada, os homens definham, sua fé diminui e eles se tornam presas do desespero. O contraste é entre verdade e falsidade, não apenas diferentes costumes religiosos. Uma árvore é conhecida pelos seus frutos. A fé produz vida, a incredulidade produz morte.
Não há terreno neutro onde os benefícios do evangelho possam ser compartilhados por aqueles que rejeitam a sua verdade. Deus não concede perdão ao homem que o chama de mentiroso. Ele não outorga cura àquele que zomba de suas promessas. Ele não derrama o Espírito sobre aqueles que desprezam o seu Filho. Crer é receber, mas recusar é perecer.
Para o crente, isso é motivo de confiança. Não dependemos da aprovação dos críticos, nem vivemos com medo de seus argumentos. Sua recusa não diminui nossa fé nem anula as promessas de Deus. Desfrutamos das bênçãos que vêm pela crença, e as proclamamos abertamente. Para o incrédulo, a mensagem também é clara. A menos que ele creia, permanecerá excluído de toda bênção. Não há perdão à parte de Cristo, não há cura à parte da fé, e não há vida à parte do evangelho.
📖 Artigo original: